As
Duas Árvores têm um ciclo na qual são criadas, destruídas, e, antes de
morrerem, dão origem a dois dos astros de maior importância. Inclusive Tolkien
criou para esta história, a explicação para o fato de o Sol e a Lua surgirem no
Leste, para as crateras na Lua e para os eclipses.
Criação
Os Valar foram
para Valinor e Yavanna criou as Duas Árvores, Telperion de prata e Laurelin de
ouro.
Telperion era
considerada a masculina e Laurelin a feminina. As Árvores se situavam no monte
de Ezellohar, ou Corollairë. Cresceram à presença de todos os Valar, regadas
pelas lágrimas de Nienna.
Telperion tinha as folhas escuras, prateadas em um
dos lados e seu orvalho prateado era coletado como fonte de água e luz e
armazenado num tonel.
Laurelin tinha folhas de verde viçoso orladas a
ouro, e sua flor tinha a forma de uma cornucópia brilhante.
Cada uma tinha
sua plenitude atingida a cada sete horas até lentamente escurecer. Duas vezes
ao dia, no entanto, por uma hora os raios prateados e dourados se fundiam.
Destruição das
Árvores
Invejoso, Melkor
pediu ajuda da aranha gigantesca e faminta Ungoliant para destruir as Duas
Árvores, prometendo que teria todo o alimento que desejasse. Ungoliant então
teceu uma teia escura que impedia que os vissem, e juntos foram até as Árvores.
Melkor as atingiu até o seu centro, e Ungoliant lhes sugou toda a seiva.
Destruiu também os tonéis que continham o orvalho das Árvores, e com um tamanho
gigantesco, fugiu junto com Melkor, que agora sentia medo dela. Valinor ficou silenciosa
nas trevas que precederam o surgimento do Sol e da Lua.
Então, o elfo da
estirpe dos Vanyar, Elemmírë, compôs o Aldudénië, o Lamento pelas Duas Árvores
de conhecimento de todos os Eldar.
Anar e Isil
A pedido de
Manwë, Yavanna cantou e Nienna chorou, e Telperion e Laurelin então, no último
suspiro, produziram uma flor de prata e um fruto de ouro respectivamente, e
morreram. Foram deixadas no Monte Ezellohar como um "monumento à glória
perdida".
Manwë, Valar dos
ventos, consagrou a flor e o fruto, e Aulë, marido de Yavanna e ferreiro dos
Valar, criou naves para conter e preservar seu brilho. Então dois Maiar se
ofereceram para carregar as Naves daqueles que foram chamados de Anar, o Ouro
de Fogo e Isil, o Esplendor em Quenya e Anor e Ithil em Sindarin: O Sol e a
Lua. Esses Maiar eram Arien, que levava a nave solar, e Tilion, o Timoneiro da
Lua. Isil subiu primeiro, e à sétima vez que cruzava o céu, Anar surgiu
gloriosa Essa história está contada no Narsillion, o Cântico do Sol e da Lua, e
é sem dúvida uma das mais conhecidas de todo O Silmarillion, porque o Destino
das Árvores é comentado muito ao longo do livro e a luz que emanavam foi a
chave para o desencadear da história em torno das Silmaril, que preservavam o
brilho.
Recriação
Segundo uma versão
não publicada de O Silmarillion, a versão original, Mandos previu que, na
Batalha Final, Anar e Isil serão destruídos, mas as Três Gemas serão resgatadas
e Fëanor seu criador, poderá sair das Mansões de Mandos de modo a entregar as
Gemas a Yavanna, que as quebrará e com sua luz, devolverá a vida para as Duas
Árvores.
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